quinta-feira, maio 15, 2014 | | By: Luis Ventura

+Esporte e a Copa do Mundo no país do futebol - Capítulo 6 (parte 1)



Olá galera do +Esporte! Chegamos ao sexto capítulo de nossa série sobre a Copa do Mundo. Nesta edição, vamos falar da Copa de 78, das Goleadas, de Cruyff, Natal e das Seleções Europeias. Venha Conosco.

A décima primeira Copa do Mundo: Argentina 1978



Como vimos anteriormente, o desejo Argentino de sediar uma Copa do Mundo era antigo. Pouco antes da Copa de 66, a FIFA decidiu finalmente dar uma chance aos sul-americanos e lhes deu a incumbência de organizar a Copa de 78.

Porém, nesse período a Argentina entrou numa ditadura forte, com muita violência e opressão, o que fez muitos questionarem a FIFA e solicitar a troca de sede. Só que o presidente João Havelange não quis nem saber e bancou os argentinos.

Assim como Hittler em 32 e a Itália em 34, o governo militar queria fazer da Copa o seu ponto alto, mas aprontou muita coisa errada. Primeiro criaram a EAM (Ente Autárquico Mundial), uma espécie de Comitê organizador. Seu primeiro presidente, Omar Acis, foi assassinado enquanto ia para a sua primeira entrevista pelo EAM. Nomearam então Leopoldo Galtieri, famoso por ser um dos militares responsáveis, futuramente, pela Guerra das Malvinas.


Estádio foram construídos, mas os gramados... Em Mar del Plata, onde o Brasil jogou a primeira fase, não foi bem plantado. Já em Buenos Aires, regaram com água do mar e destruíram o campo.

Apesar dos erros o Mundial saiu. Quem foi contra, casos de Cruyff e Breitner, se recusaram a ir. O Brasil trocou de técnico durante as eliminatórias e Cláudio Coutinho imprimiu um esquema privilegiando o físico dos jogadores. Craques como Falcão e Sócrates foram ignorados, enquanto brucutus, como Chicão, estavam na lista.

Os principais nomes de nosso time eram Reinaldo, do Atlético Mineiro, que sofria já com lesões no joelho, Roberto Dinamite, artilheiro do Vasco, e o veterano Rivellino, do Fluminense.

A campanha brasileira não começou bem, com empates diante de Suécia e Espanha. A suada classificação veio no 1 a 0 contra a Áustria.

Nos rivais, a Itália mostrava um time forte,com chances de título. A Alemanha renovada, não colocava medo. A Holanda, sem o mesmo brilho de 74, ainda incomodava. E claro, tinha a Argentina.

Pouco antes do Mundial, despontava um jogador local chamado Maradona e, apesar do apelo popular, ficou de fora.

Com o mesmo formato de 74, Brasil, Argentina, Peru e Polônia em Grupo e Holanda, Itália, Alemanha e Áustria em outro iriam lutar pelo título.

Na segunda chave, a Holanda sobrou e ficou em primeiro, garantindo sua vaga na final. Já a disputa do outro grupo foi polêmica.

Favoritos, Brasil e Argentina venceram na estreia. O Brasil fez 3 a 0 no Peru e a Argentina 2 a 0 na Polônia. Na segunda rodada, o catimbado duelo entre os dois terminou 0 a 0.




A tabela da última rodada previa jogos em horários diferentes. Primeiro o Brasil jogou com a Polônia e ganhou de 3 a 1. A Argentina em seguida enfrentou o Peru e precisava vencer por 4 gols de diferença.

Ramón Quiroga, argentino naturalizado peruano, é o grande personagem da Copa. Segundo contam, ele teria sido comprado pela Argentina para facilitar os gols necessários para a classificação do time da casa. No final, o 6 a 0 deixou a credibilidade do mundial em suspeita.




Mesmo sem perder, o Brasil, eliminado, disputou o terceiro lugar e terminou com o simbólico título de "Campeão Moral", ao vencer a Itália por 2 a 1.




Na final. a Argentina contou com o apoio do torcedor e de forças extras para vencer a Copa contra a Holanda. Primeiro fizeram de tudo para vetar o israelense Abraham Klein como árbitro da final. O italiano Sérgio Gonella foi o juiz e deixou o "pau comer solto".

Kempes fez 1 a 0 para a Argentina aos 38 do primeiro tempo e Portvillet, aos 36 do segundo, empatou. No último minuto, Resenbrink teve a chance de marcar o gol do título e a bola foi na trave. Na prorrogação, dois gols, um em cada tempo, selaram a Copa perfeita para os Argentinos: 3 a 1 e primeiro título mundial.





Craques da Copa

Johan Cruyff (Holland)

Ele jogou muita bola, mas também foi polêmico. Johan Cruyff é o maior jogador holandês de todos os tempos, mesmo tendo disputado apenas uma Copa. Em 2000, foi considerado pela revista placar o terceiro maior jogador de todos os tempos, atrás de Pelé e Maradona.

Nasceu em 47 e iniciou sua carreira em 64, no Ajax. Na infância, tinha dificuldades para andar e começou no futebol como uma terapia para isso. Sua mãe foi quem o colocou nas categorias de base do clube.

Pelo Ajax foi tricampeão europeu entre 71 e 73 e conquistou seis títulos nacionais. Na Copa de 74, foi o maestro do carrossel holandês vice-campeão mundial. Foi jogar a peso de ouro no Barcelona e depois nos EUA. Encerrou a carreira jogando de 81 a 83 no Ajax e de 63 a 64 no Feyernoord.

Desistiu de jogar a Copa de 78, como vimos, por ser contra a ditadura Argentina. Hoje, tem em suas opiniões polêmicas a marca registrada.

Ficou famoso pela camisa 14, adotada após vesti-lá em um jogo que marcou dois gols. Pela seleção fez 48 jogos e 33 gols.


Curiosidades

Hoje falaremos de goleadas. Vocês sabem quais os jogos com a maior diferença de gols em Copas do Mundo?

1- Hungria 10-1 El Salvador

É desde 82 a maior goleada na história das Copas. El Salvador pouco pode fazer para segurar a Hungria, que já não era mais aquele time de 54. Foi um passeio, em que 10 a 1 foi pouco pela diferença técnica.


2- Iugoslávia 9-0 Zaire

Por um período de 8 anos esse foi o recorde. Amadora, a seleção do Zaire passeou na Alemanha e também tomou passeio, principalmente dos iugoslavos, que foram implacáveis. O time africano chegou a trocar de goleiro durante o jogo, mas...


3 - Hungria 9-0 Coréia do Sul

Olha a Hungria de novo. Só que desta vez tinham Puskas e Kocsis e o adversário era a estreante Coréia do Sul, que não conseguiu chutar ao gol uma vez sequer.




4 - Alemanha 8-0 Arábia Sáudita

Até esse dia, Miroslav Klose era um desconhecido do futebol. Porém seus três gols ajudaram os alemães a arrasaram os sauditas.


5 - Suécia 8-0 Cuba

É até vergonhoso dizer isso. De uma lado, um time com profissionais, de outro um amador, logo nos primores das Copas. Deu nisso.

6- Uruguai 8-0 Bolívia

Quase ninguém se lembra desse massacre que classificou os uruguaios para o quadrangular final em 50.

7 - Portugal 7-0 Coréia do Norte

Ah.. Esse é recente... Foi na última Copa. Cristiano Ronaldo não era o melhor do mundo ainda, mas deixou a sua marca na goleada.


8 - Polônia 7-0 Haiti

Copa de 74, Haiti amador e Polônia jogando o fino. Show.



9 - Turquia 7-0 Coréia do Sul

Pois é... Até a esteante Turquia conseguiu golear a Coréia em 54... Total de 16 gols em dois jogos para os asiáticos.

10 -Uruguai 7-0 Escócia

Bicampeões, os uruguaios não tomaram conhecimento dos escoceses em 54, na Suíça.

Brasil 7-1 Suécia

O passeio no Maracanã parecia o primeiro sinal da conquista da Copa de 50. Essa é a nossa maior goleada em Copas


Áustria 7-5 Suíça

Por fim, o jogo com maior número de gols em Copas não é nenhum desses e sim um Áustria 7 x 5 Suíça de 54.



Quiz da Copa

Vimos as maiores goleadas e quero saber se vocês sabem quem fez o gol de El Salvador contra a Hungria em 82?

Enquanto você pensa, vamos conhecer a cidade de Natal




Natal é uma das mais belas cidades do Brasil. Suas praias de areias finas e cheias de dunas proporcionam um dos principais destinos do turismo nacional.

A cidade tem esse nome porque, no dia 25 de dezembro de 1597, o Almirante Antônio da Costa Valente e seus homens adentraram a barra do Rio Potengi, depois de várias tentativas de colonização frustradas. Tal data tornou-se o aniversário da capital. No período da invasão holandesa (entre 1633 e 1654), foram feitas várias benfeitorias na região. Mais tarde, na Segunda Guerra Mundial, a cidade serviu como base do patrulhamento do Atlântico Sul, principalmente por parte dos americanos, o que lhe proporcionou grande crescimento. Com o fortalecimento de sua economia e do turismo, a cidade passou a exibir uma das melhores qualidades de vida e estrutura urbana do Nordeste brasileiro.

Um dos principais cartões postais da cidade é o forte dos Reis Magos, uma fortaleza de defesa cuja construçã iniciou em 6 de Janeiro de 1958, no dia de Reis.


Natal, que tem população de pouco mais de 800 mil habitantes, por muito tempo, foi a sede mais atrasada da Copa, porém, no final, terminou a frente de obras que estavam muito mais adiantadas, como São Paulo e Porto Alegre.

O estádio Arena das Dunas foi construído onde estava o antigo Machadão. Na capital potiguar há três times: ABC, América (na série B do brasileiro) e Alecrim. O primeiro tem seu estádio próprio e só deve jogar na Arena quando houver impossibilidade de usar o seu.

O América pretende construir o seu próprio também, mas até lá, será o "time da casa" do novo estádio. Já o Alecrim, que disputa apenas o estadual, deve mandar alguns jogos lá também.

Ao todo foram gastos 400 milhões de reais na obra.

Portal da Copa#


Site Oficial da Arena das Dunas



Quiz da Copa

Quem fez o gol de El Salvador contra a Hungria em 82?

A resposta é...



Luis Ramírez Zapata marcou aos 64 minutos de jogo o que é até hoje o único gol de El Salvador na história das Copas. El Salvador jogos as Copas de 70 e 82.

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